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Cirurgia plástica em adolescentes: quais os riscos e benefícios? 

Os adolescentes, sobretudo as meninas, têm procurado cada vez mais a cirurgia plástica. E os motivos são os mais diversos que vão desde a correção de alguma imperfeição ou, principalmente, por conta da estética. A preocupação com a aparência tem surgido cada vez mais cedo. Segundo a cirurgiã plástica Monique Awad, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, adolescentes estão procurando cada vez mais as clínicas de cirurgia plástica atrás de um visual ‘perfeito’. “Dados mostram que o número de adolescentes que buscam algum tipo de intervenção estética cresce, em média, 10% ao ano”.

Apesar da grande procura, apenas alguns procedimentos devem ser realizados antes dos 18 anos. São eles: correção das orelhas em abano (após os 7 anos), redução mamaria nos casos de hipertrofia (aumento) quando acarreta em desconforto, dor nas costas e diminuição da autoestima (não usar biquíni) e rinoplastia quando houver grande alteração da parte óssea avisando sempre que essa alteração poderá recidivar em menores proporções.

Segundo Monique Awad, a cirurgias geralmente são mais indicadas quando o jovem sofre com baixa da autoestima e/ou acarreta a desconforto físico. “A cirurgia com finalidade somente estética deve ser realizada após os 18 anos e devemos avaliar de forma criteriosa a necessidade dessa intervenção. Se necessário deve-se indicar uma avaliação psicológica ao observar na consulta algum tipo de alteração psicológica. Esses pacientes são bem característicos e acham que com a cirurgia plástica irão resolver todos os problemas, como falta de namorado, emprego e amigos”, afirma a especialista.

Mamoplastia

A maior procura é a das jovens entre 14 e 18 anos para a realização de mamoplastia tanto redutora, quanto de aumento. Apesar de cada vez mais corriqueira, os médicos alertam as meninas sobre o que uma cirurgia dessas pode acarretar. “Mais tarde, quando quiserem amamentar, podem enfrentar problemas. Isso se dá principalmente nas mamoplastias redutoras, que alteram mais a anatomia da glândula mamária. Deve-se pensar bem ao decidir pelo procedimento. A falta de noção dos jovens sobre as consequências do pós-operatório é um problema que faz a relação entre o médico e o paciente ficar delicada. É difícil conseguir tirar da cabeça deles que, às vezes, a cirurgia, não é a melhor saída. Adolescentes buscam o resultado imediato, sem pensar nos custos disso depois” alerta Monique Awad. 

Riscos

“Todas as cirurgias têm um risco mínimo que seja, mas devemos minimizá-lo através de exames pré-operatórios, cirurgião plástico qualificado e local da cirurgia que apresente todos os recursos para a intervenção cirúrgica. Porém, no caso da mamoplastia, ainda que haja esse risco, o custo benefício é alto, já que há uma melhora a postura e na autoestima”, finaliza a médica.

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