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Mãe escreve frases nos lápis de cor da filha para incentivá-la na escola: ‘Você é incrível’

Alessandra Teixeira, de Jundiaí, conta que a ideia veio de um post no Facebook e tem ajudado a motivar a pequena Naná, de 8 anos, que se sentiu amada com a atitude da mãe.

Por Ana Paula Yabiku

Mãe escreve frases nos lápis de cor da filha para incentivá-la na escola em Jundiaí — Foto: Alessandra Teixeira/Arquivo pessoal

“Você é incrível”, “não desista”, “tenha coragem e seja gentil”. Com o objetivo de se fazer presente mesmo estando longe, a professora Alessandra Teixeira, da rede municipal de ensino de Jundiaí (SP), decidiu decorar os lápis de cor da filha Thainá Teixeira, de 8 anos, com frases de incentivo e lembretes do quanto ela é especial.

A mãe, de 35 anos, conta que a ideia veio de um post feito por uma página de educação no Facebook e foi colocada em prática no mês passado.

“Enquanto a Naná fazia a lição na mesa da cozinha, eu me sentei no sofá e comecei a escrever frases como ‘Deus tem lindos planos para você’, ‘você é linda’ e ‘ame e respeite a sua professora’. Algumas eu copiei da própria publicação, outras fui criando de acordo com os valores que procuro ensinar à Naná. Digo a ela que fiz os bilhetes porque ela merece esse carinho”, explica.

De acordo com Alessandra, apesar de ser uma menina muito esperta, Naná às vezes têm preguiça na hora de fazer as tarefas da escola e os bilhetes têm ajudado a motivá-la. “Percebo que ela está mais caprichosa e amo vê- la lendo as frases enquanto faz a lição.”

Thainá está no terceiro ano do ensino fundamental e conta que se sentiu amada com o carinho e a simples atitude da mãe.

“Na hora eu já falei para a minha mãe que eu amava muito ela e agradeci muito. A minha sensação foi ótima, o carinho da minha mãe foi para que, quando eu estivesse longe, ela quis que eu sentisse que ela estivesse perto”, comenta.

Objetivo de Alessandra era se fazer presente na vida da filha mesmo estando longe — Foto: Alessandra Teixeira/Arquivo pessoal

Relação de cumplicidade

Para Alessandra, a relação entre as duas tem muito do que foi a relação dela com a própria mãe, que morreu quando ela tinha 19 anos.

“Tem muita cumplicidade e amor envolvidos, mas tem muito respeito também de ambas as partes. Embora a Naná só tenha 8 anos, a gente já passou por muita coisa juntas, o que fortaleceu esse vínculo que temos. Costumo dizer que ela é o meu ‘chicletinho’ e eu adoro esse grude”, conta.

Mesmo assim, a professora quer que a menina tenha consciência de que a mãe não pode estar com ela em todos os lugares.

“Eu dou todo o amor que posso, mas também dou autonomia. Procuro ter qualidade no tempo que passamos juntas, procuro orientá-la para que seja uma pessoa ímpar e transmito a ela todo o amor que me foi dado.”

“Fiquei muito feliz com a reação dele. Antes ele vivia com a avó, mas temos uma relação maravilhosa e eu acredito que os lápis são mais uma forma de demonstrar todo o carinho que eu sinto por ele”, completa.

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