MARCELO GIRARD | POETA | RIO DE JANEIRO
MINIBIO DO POETA
Marcelo Girard é carioca, poeta e compositor. Em 1990 com apenas 16 anos lançou o polêmico livro de poesia O Dente Cariado De Cristo, em 1999 RAIVÓDIO – POESIA MIX.
Em 2005 com prefácio do crítico literário de O Globo, André Luis Mansur, lança O PERFUME DO ÁTOMO. E em 2016 lança nas plataformas digitais DUBLÊ DE FIGURANTE.
Foi criador da primeira rádio de poesia e literatura do Brasil fundada em 2007 até 2020. E é editor-chefe do Jornal Poema e ceo agenciare.com.
Em julho de 2021 foi publicado pela Academia Brasileira de Letras na Revista da instituição com 6 (seis) poemas. E em setembro será lançada uma antologia que reúne poetas brasileiros e portugueses e será lançada em Portugal na Feira do Porto em 2021.
O poeta participou de coletâneas com autores como: Ferreira Gullar, Olga Savary e o imortal Antônio Carlos Secchin e diversos eventos e exposições nestes 30 anos de poesia. conheça mais do autor no site marcelogirard.com
Leia agora três poemas do autor
FRUTA DE CARNE
Tua boca tem gosto de alma.
O mel na lágrima se veda.
Merece mímicas de palmas
Por ser lona do meu paraquedas.
Fico trilho de bonde solto,
Inseticida de qualquer peste,
Perdido num fumacê
Na pele santa que veste.
És palavra nunca lida
Fina flor de cacto
Travessa cruzando avenida
Dedo cortado no pacto.
Te bebo escorpião!
Te quero mais sede.
Você me anzol.
E eu?
Te rede. !
FILOSOFIA DA PORTA
Tem gente que fecha a porta e não quer sair.
E gente que não abre a porta e fica parado.
Tem gente que chega perto mas não quer abrir
Outros preferem a janela para fugir da porta certa.
Tem gente que empurra a porta mas não quer ir
tem até quem constroem uma porta ao lado da aberta.
Também tem os que dizem que não viram a porta !!!
Alguns deixam a porta semi-aberta.
E tem aqueles que já estão lá dentro
quando aqui fora aperta.
Outros em clima de alerta
Se escondem atrás da porta.
E tem gente que faz tudo isso
diferente
e nem se importa.
NÃO VOU AO MEU ENTERRO
Para evitar o cheiro das flores
O choro do meu inimigo
O encontro de meus dois amores
As roupas apertadas
Parede de madeira envernizada.
O sono silencioso dos sonhos
A maquiagem fora de moda
Rabecão correndo sem cuidado
Pertences pelo coveiro roubados.
Eu virar santo
Qualquer um da autópsia
Desnudar o manto
Um padre desconhecido
A missa comprada
Uma reza obrigada
E em vida me lembrar
Que não fui nada